sexta-feira, 2 de julho de 2010

conto


Era segunda-feira sete. Sete, seu número da sorte, segunda, seu dia de azar. Superstições sempre fizeram parte de sua vida, ela acreditava bastante nisso. Nunca acontecera antes de seu número da sorte e seu dia de azar caírem no mesmo dia. Ela ficou se perguntando se isso pudesse significar algo. Em todo o seu conhecimento sobre o assunto, não achou nada que a estimulasse, nem a acovardasse. Olhou no relógio e viu que já estava atrasada. Calçou seus sapatos, vestiu seu casaco, e pegou sua bolsa que dividia um espaço apertado com as chaves em sua mão. Desceu as escadas correndo, bem a tempo de pegar o ônibus. Apanhou o dinheiro da passagem no bolso de sua saia, e foi procurar um lugar para se sentar. Todos os lugares estavam ocupados, - Tudo bem, seu dia de azar superou seu número da sorte. – em exceto um, que havia acabo de ficar vago. Sem hesitar, ela correu com sua bolsa e suas sacolas e se sentou. Ao olhar pro lado, teve a visão mais linda de sua vida. Um homem, ou melhor, O homem com quem sonhara toda sua vida. Um único olhar dele foi capaz de fazer com que ela abrisse um tímido sorriso. Ele se ofereceu para pegar suas sacolas, e as colocar no maleiro do ônibus. Um ato singelo, mas que a deixou encantada. Principalmente pelo fato dele ter deixado um papel em suas mãos, enquanto pegava as sacolas, e ia descendo no ponto de parada. Quando as portas se fecharam, ela desenrolou o pequeno pedaço de papel, e ali, viu escrito um nome e um número de telefone: Marcos, 6573-2185.

- Bem-vinda segunda-feira sete!

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